a partir de 2014, a «dama de ferro» passará também a produzir parte da energia de que precisa para funcionar, bem como a permitir um melhor acesso de pessoas com mobilidade reduzida ao espaço do primeiro andar, que, sendo embora o maior do monumento, é o menos visitado.
o presidente da empresa gestora da torre eiffel, jean-bernard bros, disse à agência lusa que o objectivo das obras agora em curso é tornar a torre «mais ecológica, mais acessível e mais atraente», dando «uma nova dinâmica» ao primeiro andar.
a torre ficará equipada com pequenas turbinas eólicas, painéis solares e um mecanismo para aproveitar a água da chuva e as águas utilizadas pelos serviços da torre, também para produção de energia.
esta «vertente ecológica e de desenvolvimento sustentável do projecto», estima jean-bernard bros, aumentará a eficiência energética do monumento em 30 por cento.
«ao mesmo tempo, [modificaremos] o conjunto do primeiro andar, que tinha uma parte que não estava acessível a visitantes em cadeira de rodas. vamos também melhorar os acessos à sala de projecção e ao museu, espaços que, mesmo equipados com elevadores, não eram muito acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida», acrescentou o responsável.
entre as novidades que traz a mudança de visual da torre eiffel está ainda a instalação de um pavimento de vidro transparente junto à estrutura central do primeiro andar. os visitantes vão passar a ter paris debaixo dos seus pés, a quase 60 metros de altura.
também a grelha de ferro que hoje protege esse perímetro central será substituída por vidro para que a vista fique mais ampla.
«este é um efeito que hoje se pode encontrar em muitas torres por todo o mundo, e que a torre eiffel também quis oferecer aos seus visitantes. mas – e nomeadamente a quem tem vertigens – garanto que será possível contornar o chão transparente», acrescentou jean-bernard bros.
o projecto de remodelação do primeiro andar do monumento inclui ainda a reconstrução do espaço destinado à loja de recordações e aos restaurantes, e a concepção de um percurso museológico e pedagógico.
a previsão é de as obras terminem no final de 2013, e não se espera que o espaço suspenda as visitas. os trabalhos vão custar cerca de 25 milhões de euros, além de impostos.
a torre eiffel, também conhecida como dama de ferro», foi construída para a exposição universal de paris de 1889, e é um dos monumentos pagos mais visitados do mundo.
em 2011, teve 7,1 milhões de visitantes, contra os cerca de 3 milhões que tinha anualmente no início dos anos 1980.
no ano passado, a empresa que gere o monumento (société d’exploitation de la tour eiffel – sete) registou um volume de negócios de mais de 73 milhões de euros.
lusa/sol
