desde o verão de 2011 que a filosofia do psg é a mesma –
muito gastar para muito ter. desde aí que foram gastos milhões de euros para
contratar nomes que consigam colocar o clube numa rota constante de títulos. um
ano antes, em 2010, ainda conseguiu vencer a taça de frança, mas na época
passada terminou na segunda posição do campeonato.
este ano volta, assim, à liga dos campeões, e logo num grupo
onde convive agora com um dos adversários que enfrentou na sua última participação,
em 2005: o fc porto.
o psg regressa hoje ao dragão, sete anos volvidos desde que
aterrou na cidade para empatar sem golos contra um fc porto recém-sagrado
campeão europeu, mas com uma equipa desfragmentada e ainda iludida pelo sucesso
recente. no segundo encontro, os portugueses foram perder (2-0) ao parque dos
príncipes – com um dos golos a ser de pauleta, o melhor marcador de sempre do
clube.
as equipas defrontam-se esta quarta-feira pela terceira vez
na sua história, uma história que, na europa, favorece mais o fc porto, que
conta já com duas ‘champions’ conquistadas e tem ainda a memória fresca da
vitória na liga europa, há duas épocas atrás.
«têm mais experiência que nós nesta competição, são mais
fortes», frisou carlo ancelotti, falando da sua equipa. se a conversa fosse só
sobre o curriculum do italiano, as palavras seriam outras – com o ac milan, o
técnico já venceu também duas edições da liga dos campeões, em 2003 e 2007.
os milhões qataris com nome francês assentam como tal na
fórmula italiana, um método a que o treinador não vira as costas. «jogar ‘à
italiana’ não é necessariamente uma coisa má, a itália venceu assim o mundial
em 2006», lembrou, abrindo o caminho a que seja o fc porto a ter durante mais
tempo a bola hoje no relvado (19h45, sporttv), algo que o próprio vítor pereira
sublinhou.
«vamos jogar como fazemos sempre, controlando a bola»,
atirou o português, talvez confiando num trio de meio campo que onde, nos
últimos jogos, a presença do belga deyfour tem dado à equipa mais um par de pés
virados para trocar e ter a bola, substituindo os do brasileiro fernando, mais
aptos para a roubar aos adversários e ‘destruir’ o seu jogo.
assim será expectável que o psg chegue ao dragão com a mente
no contra-ataque, dando a iniciativa de jogo ao fc porto, espreitando as saídas
rápidas para o ataque sempre que possível.
no seu 4x3x3, ancelotti tem apostado em extremos rápidos,
que hoje deverão ser ménez e pastore, a correrem em torno de ibrahimovic,
ficando o meio com matuidi e sissoko como os guarda-costas e ladrões de bolas à
volta de marco verratti, o pequeno italiano que pensa as saídas para o ataque
da equipa, logo à frente da defesa, num papel semelhante ao que hoje andrea
pirlo desempenha na juventus – e desempenhava igualmente no milan de ancelotti.
