o líder da cpsi desfaz assim as dúvidas levantadas por jorge de almeida, consultor e antigo líder da psa sines, empresa que detém a concessão da exploração do terminal de contentores e que é a responsável por efectuar as obras. no final de junho, em declarações ao expresso, esse responsável disse que «enquanto a psa sines não entender a reorganização que o governo vai efectuar no sector, suspende o investimento».
contrariando o consultor desta empresa de singapura, fontes próximas do processo dizem ao sol que a fase inicial da empreitada já está mesmo a arrancar no terreno. em resposta ao pedido de esclarecimento do sol, o actual director-geral da psa sines, rui pinto, limitou-se a afirmar: «não faço qualquer comentário sobre esse assunto».
o novo investimento, a cargo da psa sines, irá expandir de 730 para 940 metros o terminal de contentores. esta melhoria vai aumentar em 40% a capacidade instalada de movimentação para 1,4 milhões de contentores por ano. esta segunda fase de expansão do terminal, cujas obras deverão estar finalizadas em setembro de 2014, deverá criar 450 postos de trabalho, segundo estimativas da empresa.
já este ano foi inaugurado um investimento de quase 100 milhões de euros, que quadruplicou a capacidade de movimentação de contentores do porto. e até ao final do ano será finalizada a ampliação do molhe leste, um investimento de 40 milhões de euros, financiado pelo estado.
greves paralisam portos
os portos nacionais tiveram esta semana praticamente paralisados, com a excepção de leixões e sines. a greve total, iniciada na segunda-feira, continuará até dia 1 de outubro. em causa estão as paralisações, em dias diferentes, dos pilotos de barra, dos estivadores e dos trabalhadores das administrações portuárias.
segundo diz vítor dias, do sindicato dos estivadores, os protestos são contra «a falta de diálogo do executivo» e contra os planos para «retirar a exclusividade da execução de algumas tarefas» aos trabalhadores portuários.
dentro da política de austeridade que está a ser aplicada ao país, o executivo pretendia também fundir a gestão das infra-estruturas portuárias numa ou em duas, uma a norte e outra a sul. contudo, devido à oposição dos agentes do sector, o governo recuou. a alternativa passa agora pela criação de um organismo que definirá a estratégia dos portos, mantendo cada porto uma administração independente.