mas lá chegaremos.
a selecção nacional volta à qualificação para o mundial de
2014, do brasil, e para lá chegar precisa de vencer esta segunda-feira os
norte-irlandeses. uma vitória, sobretudo, para não agravar os efeitos da
derrota que sofreu em moscovo. hoje, no porto, terá pela frente uma equipa
resignada à mesma fórmula: o contra-ataque.
a irlanda do norte poderá motivar-se olhando para a história
– em 10 duelos com a selecção portuguesa, os britânicos apenas perderam por três
vezes, a última delas em 1997 (golo de sérgio conceição), tendo já vencido dois
encontros e empatado outros cinco.
no campo, porém, a estratégia resumir-se-á ao contra-ataque.
porém, com diferencias para os russos.
em moscovo, a selecção foi surpreendia por uma equipa russa
distinta sob a orientação de fabio capello, mais fria a pensar com a bola nos
pés, mais objectiva e vertical no passe quando lhe tinha que dar rumo. em tudo
um pouco diferente às equipas que apresentara nos últimos quatro anos, que
queriam a todo o custo ter a bola e circulá-la durante muito tempo entre si. aí
notava-se a influência de uma mentalidade holandesa a dar ordens – guus hiddink,
em 2008, e dick advocaat, em 2012, eram os treinadores.
essa frieza fez com que os russos abdicassem dessa luta pela
bola, olhos nos olhos, pés com pés, e a dessem aos portugueses. porém, no
contra-ataque, era rápidos e incisivos no passe. interessava agora chegar
rápido à baliza adversária, e foi com apenas três toques na bola que isolaram
kerzhakov para o avançado marcar o golo que derrotou portugal pela primeira vez
nesta fase de apuramento.
100 vezes ronaldo
hoje, os norte-irlandeses assentarão no contra-ataque. mas, principalmente,
pelo ar. kyle lafferty é o nome do gigante que a equipa terá na frente, e os
seus 1,96m servirão como referência para os passes longos, pelo ar, com que a
equipa o procurará.
depois, a sua missão passará por segurar a bola, de costas
para a baliza, e esperar que os outros nove norte-irlandeses se aproximem de
si. só aí, em caso de sucesso, deverá a irlanda do norte jogar com a bola do
chão. cabe a portugal, por via de bruno alves ou pepe, em marcação directa,
anular aquela que deverá ser a única via para o adversário chegar à baliza
portuguesa.
do lado português, o destaque cairá, mais do que nunca, em
cristiano ronaldo. o extremo do real madrid cumpre hoje a sua 100.ª
internacionalização, a marca dos cem jogos já disputados, mais minuto menos
minutos, com a camisola da selecção nacional.
e claro, chega assim a mais um recorde: será o mais novo de
sempre, aos 27 anos, a atingir tal marca. luís figo, por exemplo, só alcançou
esta fasquia aos 32 anos e, voltando aos jogos, ficam a faltar só 27 para
ronaldo chegar ao número máximo de internacionalizações jamais registado por um
futebolista português.
quebrada esta marca, falta agora uma outra, a dos golos.
bolas rematadas por ronaldo já acabaram por 37 vezes dentro da baliza, e faltam
dez para igualar os 47 golos que pauleta deixou para trás na selecção.
e a partir de hoje, poderá já dedicar-se inteiramente a
aumentar esta contagem.