a 11 de outubro, a usada divulgara um relatório, com mais de
1000 páginas, onde acusava o ciclista norte-americano de orquestrar «o mais
sofisticado programa de doping» na história do desporto.
para o comprovar, incluíra os testemunhos de 26 pessoas,
entre elas 15 ciclistas que tinham tido contacto directo com a us postal e a discovery channel – equipas em que armstrong competira durante os
sete anos em que conquistou a por muitas considerada a prova rainha do ciclismo
internacional.
além de retirar os sete títulos ao norte-americano, a uci sugeriu
ainda que essas sete edições da prova perdurem sem qualquer vencedor nos
registos, algo que, em declarações à bbc,
o director da volta à frança apoiou. «a uci tem que tomar uma decisão formal
mas, para nós, claramente os registos têm que ficar em branco», explicou
christian prudhomme.
pat mcquaid, presidente do organismo que rege o ciclismo
internacional, defendeu que «lance armstrong já não tem lugar» no desporto e
que «merece ser esquecido».
além de lhe serem removidos todos os títulos que conquistou
a partir de 1 de agosto de 1998 – ano em que regressou à competição após lhe
ser diagnosticado um cancro nos testículos -, o norte-americano foi banido para
sempre do ciclismo.
armstrong retirara-se do desporto em 2005, pouco depois da
sua última vitória no ‘tour’, mas regressou em 2009 para participar em mais
duas edições da volta à frança. em 2011, abandonou em definitivo o ciclismo.