A chegada do ‘croissant’ a Portugal

O croissant, palavra francesa que significa «crescente», terá chegado a Portugal no século XIX durante as Invasões Francesas, disse à Lusa o gastrónomo Virgílio Gomes.

em portugal pode-se encontrar uma miríade de variantes, não só na forma, mas também nas massas, nos recheios e nas coberturas — doces ou salgadas – e, segundo aquele gastrónomo adiantou em entrevista à lusa, o croissant terá chegado a portugal por altura das invasões francesas, no início do século xix.

mas foi no porto que o croissant assentou arraiais, onde cerca de 200 anos depois de ter chegado continua a ser um acepipe na moda e uma das iguarias que mais vende nas 350 confeitarias da cidade.

na enciclopédia ‘fabrico próprio’, obra que conta a história de bolos e também do croissant, pode ler-se que «segundo a lenda, o croissant, cujo nome e forma aludem ao crescente islâmico, celebrando a derrota dos turcos no cerco de viena (aústria) de 1683, tendo sido levado para paris (frança) em 1770 pela rainha marie antoinette».

a rainha de frança, austríaca de nascença, adorava aquele pão doce e levou-o consigo para o país que a acolheu. por lá, rapidamente se tornou popular e foi por terras francófonas que foi baptizado de croissant, a palavra que hoje anda nas bocas de todo o mundo.

a origem daquele pão amanteigado, adocicado, com formato de meia-lua e confeccionado com farinha, açúcar, sal, leite, fermento, manteiga e pincelado a ovo, é datada do século xiii e é atribuída aos padeiros de viena.

hoje, o croissant, seja de massa de brioche ou folhada (tipo francês), é um elemento tradicional para comer ao pequeno-almoço, normalmente acompanhado de chá, sumos ou café e leite, mas os portuenses adoptaram a iguaria no dia-a-dia gastronómico de forma tão intensa que chega a servir de merenda, almoço ou até de jantar.

até chegar ao palato, o croissant passa por diversas fases. primeiro, é amassado na amassadeira, onde são colocados os ingredientes, depois a massa vai ao sovador para ser sovada e depois é colocada numa mesa para ser cortada. a massa é então enrolada em forma de mini-croissant e vai a levedar, para depois ser colocada no forno entre dez a 12 minutos.

lusa/sol