heywood é conhecido por trabalhar com a comunidade e utilizar objectos que perderam o seu valor social, transformando-os em arte pública. uma das suas obras mais afamadas é um elefante feito a partir de televisões velhas inaugurado em 2004, em sidney: «nessa altura um miúdo perguntou-me: ‘é assim que vamos ver os elefantes no futuro?’ fiquei a pensar nisso. fiz a peça exactamente porque vi uma notícia sobre a chacina de elefantes. e sim, se os elefantes acabarem, teremos que os ver pela televisão, ou pela arte…».
atento aos problemas sociais e envolvido com causas ambientais, heywood consegue ainda conciliar a sua prática artística com a docência (é professor desde 1989 na university for the creativity arts em canterbury) e promove várias visitas de estudo com os seus alunos: «posso falar-lhes da importância de donatello mas nada sbstitui ver um donatello no seu contexto». por isso garante que um dos próximos destinos para vir com os seus alunos será portugal. enquanto isso não acontece, ficou impressionado com o trabalho de luísa barros, nádia ferreira, ana almeida e mira kachlka, finalistas do curso de escultura da faculdade de belas artes que colaboraram neste projecto: «têm uma formação académica sólida e aparecem com uma solução para cada problema!». elas nem acreditam na sorte que tiveram: «ele é espectacular!».