uma embaixada do teatro brasileiro está a subir ao palco do d. maria ii no âmbito do ano do brasil em portugal, até 16 de dezembro. ao todo, são 16 peças (duas delas já estreadas) que, em tempos de vacas magras na cultura, são uma boa oportunidade para ver uma diversidade de textos, encenações e actores em palco.
como salienta antónio grassi, comissário do ano do brasil em portugal, a mostra apresenta «um resumido painel da cena teatral brasileira contemporânea (..) unindo diferentes gerações e companhias». destaque para missa dos quilombos (entre 15 e 18 de novembro), encenada por luiz fernando lobo, com músicas de milton nascimento e textos de pedro casaldáliga & pedro tierra que, versando sobre a exclusão social, junta em palco 21 actores e oito músicos, para o filho eterno, a partir do livro de cristóvão tezza (21 e 22 de novembro) e para a mulher que escreveu a bíblia, a partir do texto de moacyr scliar (a 8 e 9 dezembro).
e, aproveitando a boleia deste ano brasileiro, a egeac dedica a sua edição deste ano do_rotas & rituais à cultura brasileira. «quisemos associar-nos a essa iniciativa e fazer um ciclo centrado no eixo linguístico que une portugal e brasil», explica ao sol miguel honrado, director da egeac, «estabelecendo pontes entre as questões sociais e culturais dos dois países».
assim, entre 9 e 17 de novembro, o cinema são jorge vai exibir cinco documentários e quatro filmes brasileiros contemporâneos (produzidos entre 2008 e 2012), sempre com entrada livre. destaque para quem se importa, de mara mourão (a 13), documentário sobre o empreendorismo social, e o céu sobre os ombros, de sérgio borges (a 14), que retrata a sociedade brasileira. há ainda espaço para a música, com concertos em que brasileiros e portugueses se juntam em palco, com destaque para hamilton de holanda + maria joão e mário laginha (a 16) e mariana aydar e duani + jp simões e norton daiello (a 17).
