Chelsea quis Mourinho no Verão, como será no próximo?

Na passada semana, Rafa Benítez chegou ao Chelsea. Os rumores e a imprensa reduziram a sua estadia a prazo, até ao final da época. Agora, surge a voz de Peter Schmeichel, outrora um célebre guardião do Manchester United e hoje comentador desportivo, a garantir que nem o técnico espanhol ou Roberto di Matteo, seu antecessor,…

o treinador espanhol aterrou nos blues e teve o seu primeiro teste no domingo. um teste no relvado e nas bancadas, onde os adeptos fizeram questão de mostrar que não esqueceram o passado de benítez – assobiaram-no, apuparam-no, recordando os anos que passou no liverpool.

nas suas memórias terão ecoado sobretudo as derrotas de 2005 e 2007, anos em que a então equipa de benítez eliminou o chelsea nas meias-finais da liga dos campeões, empurrando para fora da prova o nome que, segundo schmeichel, esteve quase para regressar aos blues no verão.

«abramovich e mourinho tinham um acordo para o seu regresso, para a vitória do chelsea na ‘champions’ acabou com ele», defendeu o antigo guarda-redes dinamarquês, à bbc, estação televisiva britânica onde hoje é comentador desportivo.

o nórdico referiu até que o russo e milionário proprietário do clube «preferia o ‘special one’ [como mourinho é apelidado em inglaterra] a pep guardiola», o catalão que se tem refugiado num voluntário período sabático desde que venceu 14 títulos em quatro anos com o barcelona.

as palavras de peter schmeichel destoam do que tem sido sugerido por inglaterra. a imprensa dá como certa uma ofensiva do chelsea rumo ao técnico catalão no final da época. da mesma forma, sempre apresentaram rafa benítez como uma solução temporária, um nome prestigiado – já venceu uma liga dos campeões, uma taça uefa e duas ligas espanholas, por exemplo – para aguentar a equipa até ao final da temporada.

altura em que, falando em rumores, os londrinos apontariam a guardiola. o chelsea é presistente, e voltará a insistir, depois de no final da temporada passada, ainda antes de di matteo se ‘salvar’ com a conquista da liga dos campeões, ter ouvido vários ‘nãos’ do treinador catalão.

e josé mourinho?

o português viu este fim-de-semana o barcelona fugir para 11 pontos no horizonte que separa o seu real madrid da liderança catalã da liga espanhola. o barça foi vencer a levante, depois de os merengues perderem em sevilha, diante do bétis. uma perda do campeonato para os rivais catalães só será amenizada caso mourinho conduza o real ao objectivo para o qual foi contratado: vencer a que seria a 10.ª liga dos campeões na história do clube.

na segunda-feira, o português classificou-se como «apenas um empregado» dos merengues, e que no «final da temporada» o real terá que «dizer se está contente» com a sua prestação. depois, aproveitou para dar um exemplo. pertinente ou apenas coincidência, escolheu falar sobre o chelsea.

«é normal que haja divergência a nível profissional. eu saí do chelsea e continui a manter uma óptima relação com o presidente abramovich e outras pessoas do clube. isso faz parte da vida», explicou, desenhando um retrato que pouco corresponde ao que se viu em setembro de 2007.

aí, quando se oficializou a saída de mourinho do chelsea, o português disse que a sua relação com o clube «se tinha desgastado ao longo de um período de tempo», e muito se falou sobre as suas divergências com o milionário russo. pelos vistos, o tempo tudo curou até ao verão passado. 

e como será no próximo?

diogo.pombo@sol.pt