Liga dos Campeões com 64 equipas?

A UEFA está a discutir a possibilidade de alargar a participação na Liga dos Campeões a 64 equipas até 2015, ano em que, em caso de decisão favorável, entraria em vigor um novo formato. A garantia chegou pela voz de Michel Platini, presidente do organismo, que uma vez mais voltou a rejeitar a introdução de…

actualmente, a fase de grupos da liga dos campeões começa
com 32 equipas distribuídas em oito grupos. a este número se chega após juntar
22 equipas que se qualificam automaticamente, com outras 10 vindas de um play-off de acesso.

antes, disputam-se ainda três pré-eliminatórias,
constituídas por equipas provenientes dos países com os mais reduzidos
coeficientes na uefa – pontuação atribuída para determinar as ligas europeias
mais competitivas. alargar o número de equipas na fase de grupos para o dobro,
significaria que esta equipas teriam mais oportunidades de alcançar este
formato da prova.

«estamos a discutir isso, e tomaremos uma decisão em 2014»,
assegurou platini, ressalvando porém que «ainda nada está decidido» e que o debate
atingirá «a forma que [todas] as competições europeias terão entre 2015 e
2018».

assim, a liga europa também poderá ser alvo de alterações,
embora nada tenha adiantado nesse sentido o presidente da uefa, na entrevista
que concedeu ao ouest-france, um
diário francês.

embora sem citar quaisquer declarações de platini, o the guardian atira que existe a hipótese
de a liga europa sofrer alterações com vista a torná-la mais apelativa, chegando
mesmo a atirar que a uefa estará a ponderar conceder o acesso directo à liga
dos campeões a ambos os finalistas da prova, a partir de 2015.

mas dita ficou, uma vez mais, a posição anti-tecnologia do
líder da uefa. ao ser questionado quanto à possibilidade de ser adoptada a tecnologia
da linha de baliza, platini argumentou que «introduzir a tecnologia nas
competições europeus custaria 32 milhões de euros no primeiro ano, e 54
milhões» ao longo dos cinco anos seguintes.

«os árbitros, custam-nos 2,3 milhões de euros», acrescentou,
ao lembrar a aposta nos dois árbitros adicionais, colocados junto a cada uma
das balizas, já presente tanto na liga dos campeões como na liga europa, e na
série a, onde «os italianos estão muito contentes», frisou.

«colocar [a tecnologia] na linha de baliza abre a porta à
entrada do vídeo no futebol, de uma forma geral. eu sou contra tudo isso»,
esclareceu.

diogo.pombo@sol.pt