depois de terem explorado oportunidades de negócio com mais 140 agentes e operadores turísticos em deli, os representantes das 22 empresas portuguesas de turismo incluídos nesta missão estão agora no salão de um hotel de luxo em bombaim. o corrupio não pára. têm à frente mais de 220 empresários indianos. e estão ávidos de informação sobre portugal, um país de que ouviram falar na escola, mas que desconhecem enquanto destino turístico. estão tão ávidos que fazem fila, aguardando vez junto à mesa de cada um dos participantes portugueses para poderem reunir. ou, para não perderem tempo, juntam-se dois ou três na mesma reunião. há uma intensa troca de contactos e de informação. tão intensa que muitos empresários lusos esgotaram cartões-de-visita e brochuras. «está a ser uma loucura», comentavam.
«não estava à espera de tanta gente e tão interessada. há uma aceitação muito positiva. estão à procura de novos destinos na europa porque já conhecem roma, paris ou londres. e já há muito tempo que não me lembrava de esgotar o material», relata o director de marketing do vila galé, gonçalo rebelo de almeida. para este hoteleiro, estiveram em destaque o turismo cultural e de cidade, mas também a realização de eventos, entre os quais casamentos e luas-de-mel. casar é ‘o’ momento numa família indiana, que gosta de fazer a festa em hotéis, que chegam a receber cinco por dia. e várias empresas que planeiam matrimónios marcaram presença no evento e vários hoteleiros viram surgir hipóteses de negócio nesta área.
já na geostar, o turismo religioso e o de negócios foram os produtos sobre os quais houve mais interesse por parte dos indianos. «já fechei uma parceria com uma agência de viagens grande de deli e com outra daqui», indica um dos responsáveis do grupo de agências, que também ficou sem folhetos para distribuir e que acredita que mais negócio virá.
«foi um sucesso e ficou muito acima das expectativas», concordam pedro ribeiro, director de vendas da dom pedro hotels, e joão freitas, director do hotel lutécia, o único em lisboa que tem um restaurante indiano. reiteram, contudo, que é preciso continuar a trabalhar para aproveitar o «elevado potencial» do mercado indiano – por exemplo, respondendo aos pedidos de informação com propostas de pacotes e preços que tiveram –, ainda que não haja uma ligação aérea directa com portugal.