Em entrevista à Agência Lusa, German Efromovich afirmou que “se o Governo português anunciar a decisão da Avianca [detida pela Synergy e única concorrente à TAP], antes da entrega das propostas da ANA, vai receber mais 20 a 30% do que receberia. Seria muito inteligente anunciar antes”.
“O pessoal que opera aeroportos conhece a nossa capacidade de crescimento e, se a TAP crescer, são mais passageiros e, se há mais passageiros, há mais valor para a ANA e, portanto, as propostas vão ser mais agressivas”, explicou o responsável.
O empresário dono da companhia aérea Avianca não tem dúvidas que “o preço que os candidatos [à privatização da gestora dos aeroportos portugueses] vão oferecer vai ser superior ao que poriam na dúvida se o processo [de privatização da TAP] vai para a frente”.
Os cinco consórcios candidatos à privatização da ANA – – Blink, Eama, Fraport/IFM, Vinci e Flughafen Zürich -, que passaram à segunda fase do processo, têm até sexta-feira para entregar as suas propostas vinculativas.
Em entrevista à Lusa, na sede da Avianca, em Bogotá, German Efromovich adiantou que “vários concorrentes à ANA” lhe ligaram para conhecer a estratégia do grupo Synergy para a companhia aérea portuguesa.
“Queriam saber o que pretendemos fazer em termos de frota, de ampliação de destinos, de crescimento. O que pudemos dar, demos, sem infligir o compromisso com o Estado português”, acrescentou.
O grupo Synergy entregou a proposta vinculativa para a compra da TAP na passada sexta-feira, pouco antes das 12:00, à Parpública, gestora das participações públicas, que tinha cinco dias para elaborar uma apreciação sobre a proposta de 95% do capital da companhia portuguesa.
A reunião do Conselho de Ministros, que habitualmente se realiza à quinta-feira, foi esta semana antecipada para terça-feira, por motivos de agenda do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, e será a última até à entrega das propostas para a ANA.
Um dos temas que poderá estar na agenda da reunião do Conselho de Ministros de hoje é o processo de privatização da TAP, que o executivo PSD/CDS-PP pretende concluir até ao final deste ano.
Lusa/SOL