Seis castas contam história de seis gerações

Na mesma altura em que o britânico Charles Darwin fazia a sua viagem de circum-navegação a bordo do brigue H.M.S. Beagle – que serviu de base à sua famosa teoria da selecção natural das espécies –, a muitos milhares de quilómetros, mais precisamente em Vila Nogueira de Azeitão, na região de Setúbal, José Maria da…

corria então o ano de 1834 e o período conturbado das guerras liberais, que opuseram até aí constitucionalistas e absolutistas pela sucessão do trono português, não impediram que a audácia deste homem inaugurasse carreira de sucesso no negócio do vinho, pertencendo a ele o marco histórico do desenvolvimento da marca inaugural para o primeiro vinho engarrafado em portugal (1850), o não menos famoso periquita.

hoje, já com seis gerações de descendentes, a josé maria da fonseca atravessa um novo período da sua história, fazendo um rebranding da marca e do seu portfólio de vinhos, apostando agora numa comunicação gráfica mais simples e moderna, sem perder as raízes históricas, e avançando com um novo slogan: ‘família de vinhos. vinhos de família’.

ao mesmo tempo, lança a colheita de 2008 do hexagon, o seu topo de gama, um trabalho desenvolvido pelo enólogo domingos soares franco em nome do conceito novo mundo, fazendo um vinho ao melhor estilo internacional. com 11.809 garrafas lançadas no mercado, o hexagon é composto por seis castas que cresceram em solos arenosos e calcários e que lhe conferem uma complexidade única. o vinho estagiou em meias pipas novas de carvalho francês, durante 420 dias, e foi engarrafado em março de 2011. a cor é de um preto intenso, o aroma revela framboesas, violetas e figos e o paladar mostra a elegância deste hexagon que revela um final de boca muito prolongado.

com um teor alcoólico de 13,5%, é especialmente indicado para acompanhar pratos de caça e queijo. a sua longevidade em garrafa aponta para os 16 anos.

jmoroso@netcabo.pt