a utilização desta infra-estrutura, porém, tem sido escassa – em 2012, recebeu apenas 1.925 passageiros em voos low cost.
o trabalho, entregue ao governo em setembro do ano passado, considera que se deve abandonar uma estratégia «convencional» e «repensar» o uso a dar a este terminal. além da utilização por cargueiros puros, sugere «o entrosamento» com a embraer, localizada em évora, e a airbus military, em sevilha, a criação de uma zona industrial nos terrenos adjacentes ao perímetro aeroportuário e a «integração com a componente agroindustrial» do alqueva.
em termos de aeroporto de passageiros, beja deverá ser orientado para aviação executiva e turismo da zona.
as conclusões do grupo de trabalho foram reveladas pelo gabinete do primeiro-ministro, em resposta a um requerimento do ps. no documento, assinado pelo chefe de gabinete de passos coelho, o governo assume ainda que a expansão de beja, que com a privatização da ana passou para a alçada da francesa vinci, «é um processo moroso», mas necessário para «alavancar» o cluster da indústria aeronáutica e o potencial empresarial da região.
a intenção do executivo é garantir a sustentabilidade do aeroporto de beja, algo que «aquando do avultado investimento na concretização do terminal civil de beja pelo governo anterior não foi previsto e não ficou salvaguardado». o governo socialista de sócrates investiu neste projecto cerca 33 milhões de euros.
no final do ano passado, a empresa portuguesa aeroneo anunciou que queria investir 11 milhões de euros numa unidade para desmantelar aviões e valorizar activos aeronáuticos no aeroporto de beja.
por sinal, esta semana, ficou concluído o processo de certificação do aeroporto de beja pelo instituto nacional de aviação civil (inac), que considera estarem «reunidas todas as condições» para a utilização da infraestrutura «por todos os tipos de tráfego, sem as restrições que vigoravam» antes, refere comunicado da ana.