pela primeira vez desde há muitos anos, o evento reduziu dos tradicionais quatro dias para três, uma situação a que a diminuição drástica do orçamento e do número de patrocinadores exigiu.
ainda assim, e com a palavra confiança sempre na mente, o primeiro dia ocupou os luxuosos salões dos paços do concelho para apresentar três desfiles: valentim quaresma, a convidada polaca monika ptaszek e ricardo dourado.
um primeiro dia tímido, mas que protagonizou logo um momento alto: a viagem até ao soweto, nos subúrbios de joanesburgo, na áfrica do sul, proposta por ricardo dourado.
o designer do norte do país apresentou uma colecção que mistura as tradicionais capulanas africanas com materiais tecnológicos como o neoprene. o resultado é mais uma colecção com um forte cunho streetwear, com moldes inovadores, fortes contrastes e onde a agressividade que dourado tinha apresentado em colecções anteriores aparece algo suavizada, muito pelo uso da cor e dos padrões tradicionais das capulanas.
este sábado a modalisboa propõe uma verdadeira maratona de desfiles cujo final só se anuncia para perto da meia-noite. em termos de programação paralela continua a funcionar a pop up store wonder room, no torreão poente do terreiro do paço, uma oportunidade (aberta ao público) para conhecer e comprar novos nomes do design nacional.
este sábado, às 18h, é também possível ver, no mude, o documentário the eye has to travel, sobre a francesa diana vreeland, falecida em 1989, e que foi colunista e editora das revistas de moda vogue e harper’s bazaar.
raquel.carrilho@sol.pt