“a jerónimo martins apostou na colômbia e eu acompanhei a aposta deles”, disse à agência lusa, em pereira, colômbia, o responsável da construtora jmv, josé manuel vieira.
“tenho uma empresa que já trabalha com a jerónimo martins há mais de 20 anos, conheço o espírito” do grupo, sublinhou o empresário que montou duas empresas na colômbia, adiantando que actualmente conta com mais de “75 funcionários colombianos”.
a jmv é responsável pela construção das lojas ara e pelo centro de distribuição.
a aposta da empresa é concentrar-se no plano de expansão da jerónimo martins no mercado colombiano, “melhorar o serviço e dar formação aos colombianos para que entendam a forma como as lojas” devem ser feitas segundo o espírito da jerónimo martins.
josé manuel vieira adiantou que levou para a colômbia uma outra empresa, dedicada à electricidade, hidráulica e ar condicionado, que já existia em portugal, denominada tripolar, e que trabalha com o grupo há cerca de 25 anos.
também joão rodrigues, sócio gerente da portuguesa hiperfrio, aproveitou a boleia do grupo liderado por pedro soares dos santos, que inaugurou as suas três primeiras lojas e um centro de distribuição na quarta-feira na colômbia, para avançar para este mercado.
“somos um parceiro da jerónimo martins há cerca de 18 anos”, disse à lusa joão rodrigues, recordando que a parceria começou na madeira, avançaram para portugal continental, depois a polónia e agora a colômbia.
“numa altura menos boa em portugal”, em termos de investimento, “isto veio a cair muito bem” para a empresa, sublinhou joão rodrigues.
questionado sobre se tem sido positiva a entrada na colômbia de ‘braço dado’ com a jerónimo martins, joão rodrigues afirmou que “tem sido muito vantajoso”, uma vez que o mercado português está “cada vez menos competitivo”.
a hiperfrio abriu uma empresa na colômbia, que permite “deslocar quadros”, e actualmente conta com 12 trabalhadores portugueses e outros 12 colombianos.
“este conceito da jerónimo martins é muito actual e pensamos que aquilo que [o grupo] pretende fazer será concretizado”, afirmou.
“temos vindo a trilhar este caminho com a jerónimo martins”, esta era uma “oportunidade” que “agarramos”, sublinhou o empresário.
“queremos ser uma mais-valia, pela nossa experiência, o nosso saber, pela qualidade dos equipamentos”, sendo que alguns são importados de portugal.
a jerónimo martins inaugura hoje mais duas lojas ara, agora na zona de armenia, no eixo cafeteiro da colômbia, totalizando cinco novas lojas esta semana.
na quarta-feira, a abertura das lojas ara em pereira e em santa rosa (duas) levou a uma concentração de várias centenas de colombianos à porta das unidades, à espera que estas fossem abertas ao público, com a polícia a controlar a multidão, mas sem qualquer incidente.
muitos queriam conhecer os produtos, ver preços e as novidades, com alguns dos colombianos a gritar “boa sorte” para os trabalhadores das lojas, enquanto aguardavam a abertura oficial.
asdrubal, um morador na zona de santa rosa, explicou à lusa que a sua visita devia-se mais à curiosidade em conhecer a loja, sublinhando que esta nova unidade é “um bom negócio para o mercado local”.
a curiosidade foi de tal ordem que duas horas após a hora do fecho estabelecido para as lojas de retalho ara, havia unidades onde se mantinham cerca de três centenas de clientes, segundo a empresa.
a inauguração das lojas contou com a presença das autoridades locais e com direito a serem benzidas por um padre, com os trabalhadores a entoarem o ‘jingle’ “ara: alegria al mejor precio” no momento da abertura das portas ao público.
para andreia, de 26 anos, trabalhadora da ara, esta “é uma grande oportunidade” na sua vida, numa altura em que uma das prioridades da presidência de juan manuel santos é combater a taxa de desemprego do país.
“estou muito contente em partilhar este momento especial”, disse, acrescentado que a abertura da ara cria oportunidades aos colombianos.
uma ideia igualmente defendida por hector, de 23 anos, também trabalhador da ara.
o jovem destacou “o investimento [feito pela jerónimo martins] na zona cafeteira”, manifestando-se “muito contente” pela oportunidade que este emprego dá em “crescer na empresa”.
lusa/sol