o primeiro-ministro anunciou hoje a intenção do governo de avançar a curto prazo com medidas para reforçar as políticas activas de emprego e de acesso das empresas a financiamento, como resposta às previsões macroeconómicas anunciadas hoje.
“as perspectivas para o crescimento e o emprego são o maior problema. as previsões são, no entanto, apenas isso. mas uma coisa é olhar para as previsões que nos dão indicações de como poderá ser a nossa realidade daqui a um ano e daqui a dois, se tudo permanecer como está, outra coisa é aproveitar estas previsões, não para cruzar os braços, mas para trabalhar de modo a evitar que elas se possam concretizar”, afirmou passos coelho em aveiro.
o primeiro-ministro, que falava no encerramento do congresso da região de aveiro, disse pretender “acelerar os efeitos positivos da reforma estrutural que tem vindo a ser empreendida” e que “alguns dos passos que foram concluídos no exame regular da troika ajudarão, quer do lado do mercado do trabalho, quer do mercado do produto, a tornar mais viável a amplificação desses efeitos.
“precisamos de amortecer os efeitos mais negativos do ponto de vista social, junto do desemprego e dos mais vulneráveis perante a crise, o que significa reforçar as políticas activas de emprego e programas especificamente dirigidos aos mais jovens, para que estes estejam mais bem preparados” para quando houver retoma da economia”, declarou.
salientou, contudo, que não se podem oferecer aos jovens “falsas oportunidades e terão de saber que o verdadeiro emprego não é criado por políticas activas nem pelo estado, mas sim pelas empresas e pelo investimento”.
nesse sentido, assumiu como prioridade criar condições de investimento para a economia, “de modo a que as empresas mais competitivas e voltadas para o mercado externo, mas também as que no mercado interno têm hoje uma capacidade de se tornar mais competitivas por via da inovação e de reter emprego, possam aceder a financiamento a custos que sejam suportáveis” pelos seus modelos de negócio.
“temos de criar condições para que as empresas tenham formas de poder consolidar os seus prejuízos, reforçar os seus capitais e tornar menos arriscadas as operações de financiamento. para esse efeito, o que o governo possa realizar, em matéria de instituição especializada que utilize uma parte dos financiamentos dos fundos estruturais para colocar à disposição das pme, poderá ser decisivo para que o investimento possa retornar a custos suportáveis pelas empresas”, declarou.
lusa/ sol