alexandre soares dos santos falou à lusa em pereira, capital da região colombiana de risaralda, na semana em que o grupo inaugurou as suas primeiras cinco lojas ara e o centro de distribuição.
“nós, hoje, temos possibilidades e qualidades e conhecimentos para entrar em qualquer parte do mundo”, afirmou o rosto do grupo que detém a cadeia pingo doce.
para alexandre soares dos santos, a abertura das lojas na colômbia é um momento especial na sua carreira, como afirmou aos colaboradores no dia da inauguração das primeiras três unidades no mercado colombiano, a 13 de março.
isto “porque toda a vida pensei que o jerónimo martins tinha que crescer, tinha que se transformar num grande grupo”, disse à lusa alexandre soares dos santos.
“a concepção de empresa passou a grupo, que é uma coisa que não é fácil. fala-se muito em grupos, mas só se é grupo quando houver a mesma cultura, os mesmos processos de trabalho, a mesma forma de pensar. e isso conseguiu-se há três anos, depois de longos processos de ensinamento”, afirmou o presidente do conselho de administração.
“e quando a gente tem um sonho, tem uma visão há 40 anos e essa visão se concretiza num determinado dia, evidentemente que me sinto tremendamente feliz porque sei que tenho um grupo que vai continuar, que vai ser cada vez mais forte”, sublinhou.
alexandre soares santos destacou a forma como os colombianos reagiram à abertura das lojas, com várias centenas a aguardar que os supermercados ara abrissem as portas.
“eles reagiram assim porque era uma loja que se aproximou do povo”, apontou.
a abertura das primeiras lojas, a 13 de março, “foi um dia extremamente feliz e tenho a certeza que toda actividade aqui vai ser um sucesso”, acrescentou.
questionado sobre se esta resposta dos consumidores colombianos é uma recompensa de muitos anos de trabalho, alexandre soares dos santos foi peremptório: “muitos, mas nada se faz sem esforço, nada se faz sem tempo”, salientando que foi preciso formar quadros com capacidade de poderem trabalhar em vários países e compreender essas regiões.
o presidente do conselho de administração da jerónimo martins sublinhou que é preciso estudar consumidores, hábitos, fornecedores, salientando que o grupo trouxe até portugal e polónia “imensos colombianos” para dar formação e anular eventuais ineficiências.
“e isso está a dar um resultado extraordinário”, confessou.
sobre o facto dos trabalhadores terem cantado o jingle da ara no dia da inauguração, alexandre soares dos santos não se mostrou surpreendido, já que os colombianos são um “povo que gosta de expressar a sua alegria, são pessoas que não se queixam, não olham para trás, estão sempre a olhar para frente”.
por isso, ver os consumidores colombianos entrarem numa loja e pessoas a cantar e, “principalmente a sorrir para nós e a agradecer, é extraordinário”.
lusa/sol