subordinado ao tema manifesto à arte, e promovido pela editora nova delphi, o certame conta com vedetas como a norte-americana naomi wolf e o sociólogo polaco zygmunt bauman, com portugueses como josé rodrigues dos santos, rui zink, ana luísa amaral, raquel varela e joão tordo e com escritores de outras nacionalidades como a cubana gina picart e o galego carlos quiroga.
francesco valentini, italiano que se fixou na madeira e aí fundou a nova delphi, responsável pelo festival, está feliz com o seu crescimento. conta ao sol que a ideia surgiu há uns anos, quando sentiram a necessidade de preencher uma lacuna na madeira. «a madeira tem uma programação cultural com alguns eventos de bom nível mas para uma ilha de tal beleza acho que faltava um evento deste tamanho». a ideia tornou-se realidade e hoje o flm é já um marco na vida cultural da ilha. «este ano vamos ter 42 participantes de quatro continentes diferentes. é uma forma de possibilitar à população madeirense uma aproximação à cultura literária».
os dois primeiros dias são dedicados aos mais novos, com visitas dos autores às escolas. a 3, às 18h, arranca a programação no teatro municipal baltazar dias, com uma conferência inaugural por naomi wolf, a que se segue uma conversa entre a escritora e rui ramos. nos dias seguintes, são muitos os escritores que passarão pelo teatro para se sentarem à mesa em conversas à volta de temas como ‘a arte de morrer longe’, ‘a arte de lidar com as mulheres’, ‘a arte da guerra’, ‘a arte da libertação’ ou ‘a arte de pagar as suas dívidas’. o festival despede-se com uma conversa entre zygmunt bauman e josé rodrigues dos santos (a 6, às 17h15).
valentini espera que a lotação do teatro (mais de 500 lugares) se esgote quase todos os dias. para o ano há mais. é que, assegura o director do flm, «o objectivo é chegar, pelo menos, até à 9.ª ou 10.ª edição».