SOL&SOMBRA

O mais e o menos da semana visto por José António Lima.

sol

poiares maduro

o novo ministro adjunto e do desenvolvimento regional foi a surpresa da mini-remodelação. e pareceu beneficiar mesmo do contraste do seu perfil com o de miguel relvas – menos aparelhístico e cheio de graus académicos – tal foi o coro de aprovação pública à sua nomeação, até de sectores da esquerda mais crítica do governo. especialista em assuntos europeus, irá partilhar a importante gestão de fundos do qren e, nass pastas que assumiu, a tendência natural será a de não fazer mais ondas na reforma dos concelhos e freguesias e de deixar hibernar o dosssiê da rtp tal como relvas o deixou. o seu maior desafio será a cordenação política do governo – e o talento que terá, ou não, para a tornar eficaz.

marques guedes

é, há muito, um dos nomes mais respeitados do psd e de vários governos. já foi líder parlamentar e secretário-geral do partido e sobe agora de secretário de estado a ministro da presidência e dos assuntos parlamentares. incansável e seguríssimo na coordenação legislativa e funcional do governo, tornou-se uma peça essencial no círculo de confiança do primeiro-ministro. a sua grande experiência partidária e na governação é uma mais-valia para passos coelho reforçar a corrdenação política do executivo. e um auxílio precioso ao debutante ministro poiares maduro.

josé peseiro

é verdade que o sp. braga foi prematuramente eliminado da europa e da taça de portugal e deixou o paços ferreira instalar-se no 3.º lugar do campeonato. e também é certo que o seu treinador é, há muito, perseguido pela fama de atrair a má sorte e as derrotas em momentos decisivos. mas o facto é que levou o sp. braga a vencer uma taça, a da liga, 47 anos depois da última taça, a de portugal, conquistada pelo clube (com o famoso golo de perrichon no jamor). e conseguiu-o derrotando o favorito fc porto por 1-0. já fica na história bracarense.

sombra

mário soares

a deriva radical do seu discurso anti-governo já ultrapassou os limites do razoável e aceitável. desdobra-se em declarações acabrunhantes que misturam inverdades, disparates e inanidades. como a do regicídio em ameaça ao presidente. em defesa do seu nome e da sua imagem, seguro, alegre ou algum dos seus amigos mais próximos devia ajudá-lo a controlar o que diz – ou a não dizer mesmo nada.

jal@sol.pt