Museu do Oriente celebra cinco anos com entrada gratuita e programação especial

O Museu do Oriente, em Lisboa, anunciou hoje que vai celebrar o 5º aniversário a 08 de maio com entrada gratuita e uma programação especial de actividades para todas as idades.

De acordo com o Museu do Oriente, nesse dia haverá entrada gratuita no museu para todas as exposições e para participar nas actividades organizadas, como espectáculos, ateliers e visitas guiadas.

Inaugurado em 2008, o museu da Fundação Oriente foi criado para mostrar ao público o património cultural da entidade e divulgar a ligação entre a civilização ocidental e oriental, em particular os vínculos criados por Portugal desde o período dos Descobrimentos.

O museu possui um património museológico com cerca de 15.000 peças, que vão desde as máscaras ao mobiliário, passando por armaduras, mapas, têxteis, biombos, porcelanas, terracotas, desenhos e pinturas.

O acervo está dividido em duas colecções, uma delas alusiva à presença portuguesa na Ásia, com mais de um milhar de objectos artísticos e documentais.

Integra diversos biombos chineses e japoneses dos séculos XVII e XVIII, peças de arte namban, uma colecção de peças de porcelana da Companhia das Índias e um acervo relacionado com a cultura dos povos de Timor.

Mas a maior parte da colecção, com mais de 13.000 peças, resultou de uma doação efectuada nos anos 1970 pela Association du Musée Kwok On, de Paris, com peças relacionadas com as artes performativas da Ásia e os rituais do hinduísmo, budismo, as religiões animistas e com os cultos xamânicos.

Também possui colecções de máscaras de toda a Ásia, teatros de sombras e outras marionetas da Índia e da China.

Uma das peças mais relevantes da colecção é um biombo namban que retrata a chegada dos portugueses ao Japão no século XVII, com marinheiros e jesuítas.

Para celebrar os cinco anos do museu vão ser feitas visitas guiadas intituladas “Peça a peça” durante todo o dia, em sessões de 15 minutos.

Além da exposição permanente, o museu tem actualmente patentes as exposições “Cartazes de propaganda chinesa – A arte ao serviço da política”, “Macau. Memórias a Tinta-da-China” e a mostra de fotografia “Do vasto e belo porto de Lisboa”.

Para o dia 08 de maio, cada um dos monitores do museu escolheu a peça da colecção que mais gosta e irá contar a história dessa peça ao público, como por exemplo as “Colunas Hindus”, o “Menino Jesus Bom Pastor”, o “Biombo Namban”, o “Biombo de Coromandel”, o “Biombo representando a Nau do Trato”, facas de cordão umbilical, a fachada do edifício dos armazéns frigoríficos de Alcântara e o cartaz “Leiamos os livros do Presidente Mao. Obedeçamos às suas palavras”.

Para o público infantil estão previstas oficinas, como “A Ilha do Crocodilo”, que conta a história de uma lenda acerca da amizade e da busca pela felicidade, que deu origem a Timor Lorosae, e espectáculos como “O Rouxinol e o Imperador”, que conta a história de um rouxinol e de como o seu canto curou o imperador da China.

Lusa/SOL