a dívida pública portuguesa continua a não dar sinais de abrandamento, apesar da forte austeridade dos últimos dois anos. segundo dados da execução orçamental de abril, entre o quarto trimestre de 2012 e o primeiro deste ano, a dívida do estado aumentou 5 mil milhões de euros, um valor que sinaliza que o endividamento do estado não está a desacelerar como previsto.
entre março de 2013 e o mês homólogo de 2012, a dívida subiu de 180 para 200 mil milhões de euros, ou seja, 5 mil milhões a cada trimestre, em termos médios. estes valores contrastam com o ritmo de endividamento do período entre 2007 e 2010, por exemplo, quando a média trimestral oscilava entre 750 milhões (2008) e 2,5 mil milhões de euros (2009).
o período mais crítico no endividamento ocorre no ano compreendido entre março de 2011 e março de 2012, quando a dívida do estado disparou 26 mil milhões de euros, uma escalada média de quase sete mil milhões de euros em cada trimestre. este período inclui o resgate da troika e o envio da maioria do pacote financeiro, no valor de 78 mil milhões de euros, dos credores externos.
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