Segurança reforçada nas festas académicas

A morte de Marlon Correia pôs em alerta outras associações académicas, que decidiram aumentar o investimento na segurança.

na festa académica de lisboa – que se realiza entre 15 e 18 de maio – haverá um aumento do número de recolhas das receitas nas bilheteiras. «isto para termos menos dinheiro disponível nas caixas», adiantou ao sol marcelo fonseca, presidente da associação académica de lisboa (aal).

em évora, a queima das fitas – celebrada na primeira semana de junho – terá «um maior número de vigilantes, além do efectivo da psp», adianta paulo figueira, presidente da associação académica. na festa de coimbra, que acaba esta noite, houve «um posto móvel da psp dentro do recinto» e «um maior número de polícias nas bilheteiras», refere o secretário-geral, andré gomes.

todos os anos, as festas académicas juntam milhares de estudantes de todo o país. os eventos incluem música, bebida e comida, mas implicam também um grande investimento que nem sempre tem retorno financeiro. «75% do nosso lucro vem da venda dos bilhetes. mas no ano passado, por exemplo, tivemos um prejuízo de 20 mil euros, por causa da chuva», referiu o presidente da aal, acrescentando que a média das receitas ronda os 40 a 60 mil euros (o maior lucro foi em 2008: cerca de 120 mil euros).

o orçamento da festa de lisboa ronda os 350 mil euros. já a despesa com a semana académica de braga – o ‘enterro da gata’, entre 11 e 18 de maio – será de cerca de 800 mil euros (menos 10% que no ano anterior) e a queima de évora custará perto de 250 mil euros.

os patrocínios também têm algum peso na realização desta festa: entre 10 e 25%. algumas associações arrecadam ainda dinheiro através de concessões de bares ou revenda de bebidas.

rita.porto@sol.pt