Delegados de turismo passam a ter metas

Os representantes do Turismo de Portugal (TP) nas 11 delegações no estrangeiro vão passar, a partir do próximo ano, a trabalhar de acordo com objectivos definidos, avança ao SOL o secretário de Estado do Turismo.

«é necessário criar um enquadramento e um conteúdo funcional para estes delegados, com objectivos qualitativos e quantitativos, embora com geometria variável, consoante o mercado», explica adolfo mesquita nunes.

a modificação surge integrada no novo modelo de promoção externa de portugal, que está em discussão e que deve ficar concluído até ao início do verão, para entrar em vigor em 2014.

entre os objectivos que os representantes terão de cumprir podem estar contactos com operadores turísticos e companhias aéreas, encontros com opinion makers ou a realização de determinados eventos, tendo como base as metas traçadas no plano estratégico nacional para o turismo.

«o objectivo é potenciar a presença destes delegados no estrangeiro e trazê-los para o esforço de diplomacia económica que já está a ser feito no resto da administração pública lá fora», sublinha.

este formato já existe, por exemplo, nas funções dos embaixadores, no âmbito da diplomacia económica traçada pela aicep e pelo ministério dos negócios estrangeiros.

o governante frisa que o trabalho destes delegados «não tem sido mau», mas defende que «é preciso que exista um conteúdo funcional mais definido, que os coloque ao serviço da internacionalização das nossas empresas e da promoção e venda no sector do turismo», visando também «racionalizar o custo/benefício». caberá ao turismo de portugal «acompanhar e monitorizar» o trabalho dos seus delegados externos.

estimular emprego jovem

na semana passada, o secretário de estado do turismo anunciou ainda a liberalização do acesso às actividades de animação turística. as taxas para entrar nesta área foram reduzidas – na maioria dos casos 80% – e passa a ser necessária apenas uma comunicação prévia, realizada online, em vez do registo até aqui exigido.

os parques temáticos, marinas, portos de recreio, spas e centros equestres, entre outras actividades, também deixaram de estar obrigados a registo. «as empresas e actividades de animação turística são uma excelente oportunidade de negócio e de emprego, sobretudo para as novas gerações», frisa mesquita nunes. «o estado estava a dificultar e a empatar. o caminho é o inverso, ou seja, liberalizar, simplificar e reduzir custos de contexto», afirma.

ana.serafim@sol.pt