e foi este o sentimento com que todos ficámos quando erguemos os nossos copos para saudar o centésimo aniversário da barros, empresa que em 1913 começou a dedicar-se ao comércio de vinho do porto pelas mãos de manuel de almeida.
em 1919, manuel de barros torna-se sócio da firma. este, que foi um dos sócios fundadores do famoso café majestic (um dos ex libris da cidade do porto), injecta um novo dinamismo à barros, almeida & c.ª e aos poucos começa a adquirir e a fundar outras empresas no sector, como por exemplo a kopke.
o emblemático grupo barros manteve-se na mãos da família até junho de 2006, altura em que foi adquirida pelos actuais proprietários, o grupo sogevinus, que continua a encontrar na quinta de s. luiz, com 125 ha na sub-região do cima corgo, no douro, o terroir de eleição para os seus vinhos do porto e vinhos douro doc.
para comemorar o 100.º aniversário, a barros lançou uma edição comemorativa limitada a 1913 garrafas de um blend de vinhos muito velhos (com uma média de idades de 65 anos), seleccionados pelo enólogo pedro sá e pela sua equipa. estes vinhos envelheceram ao longo de décadas em cascos de carvalho de 225 litros e evoluíram nos armazéns da barros, em vila nova de gaia.
elaborado a partir das mais genuínas castas tradicionais da região demarcada do douro, este vinho do porto exibe tons laranja matizados por laivos esverdeados. ao nariz chegaram-nos aromas de figos, mel e amêndoas e a boca revelou-se ampla.
deve ser degustado simples ou acompanhando entradas como queijos e patés, bem como sobremesas à base de frutos secos e chocolate. recomenda-se o seu consumo ligeiramente refrescado. a garrafa deste very old tawny porto deve permanecer em posição vertical.
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