SOL&SOMBRA

O mais e o menos da semana visto por José António Lima.

Rui Vitória

Já conseguiu um lugar destacado na história do Vitória de Guimarães ao conduzir a equipa à conquista da primeira Taça de Portugal do seu palmarés. Depois de cinco finais perdidas no passado do Vitória e contra uma equipa de topo como o Benfica. Uma proeza ainda mais inesperada num clube que começou a época à beira da falência, viu saírem os principais jogadores (substituídos por jovens da equipa B ou de clubes de escalões inferiores) e foi afectado por salários em atraso. Vê a sua cotação subir meteoricamente, ao ponto de se falar nele para suceder a Jorge Jesus como treinador na Luz.

Álvaro Santos Pereira

Viu, finalmente, o ministro das Finanças dar o aval a medidas efectivas de crédito fiscal e incentivo ao crescimento. O pacote legislativo, já incluído no Orçamento rectificativo, que permite baixar a taxa de IRC para 7,5% em investimentos até cinco milhões de euros é um passo elogiado por todos os quadrantes empresariais e, até, políticos. Que permite ao ministro da Economia provar que é capaz de passar das palavras e promessas, tantas vezes repetidas, aos actos.

SOMBRA

Jorge Jesus

A derrota e o infortúnio abateram-se em poucas semanas sobre a sua cabeça. E foi a competição menos importante, a Taça de Portugal (quando comparada com as perdas do Campeonato e da Liga Europa), que acabou por pôr em causa a sua continuidade no Benfica. Se permanecer na Luz ficará numa situação fragilizada, que pode ameaçar a ruptura ao primeiro desaire de vulto na próxima época (como aconteceu a Peseiro e a Sá Pinto em Alvalade). Não será fácil afastar de si – e da mente dos adeptos benfiquistas – o estigma desta sucessão de derrotas.

Mário Soares

Entrou numa vertigem política de declarações radicais e insensatas. Diz enormidades como a de que Paulo Portas está a ser chantageado, dispara a torto e a direito contra o Presidente da República, classifica Seguro de hesitante e tenta encurralar o PS com encontros das esquerdas – como já fizera com Guterres e o congresso ‘Portugal: que futuro?’. Perdeu a noção das realidades e da importância da sua figura.