no pedido de desculpas, publicado ontem à noite na página da prótoiro, o cavaleiro explica que as fotografias estavam na sua página “há mais de dois anos” e que se tratou “de uma situação isolada quando os cães entraram inadvertidamente no recinto onde estava a vaca, não se tratando de nenhuma luta de animais”.
em causa, está a denúncia da animal, na terça-feira, à direcção-geral da alimentação e veterinária (dgav), da promoção de luta entre animais, devido a fotografias encontradas na página do cavaleiro, onde se vêem vários cães, mais precisamente alanos espanhóis, a atacar um touro jovem.
contactada pelo sol, rita silva, presidente da animal, refere que este comunicado “não altera nada” e que não acredita nas palavras de joão moura jr.: “isto são desculpas de mau pagador. este pedido de desculpas só foi feito porque foi apanhado”, acusa a responsável.
rita silva teve conhecimento das fotografias na segunda-feira, depois de um membro da equipa as ter visto na página pessoal do facebook do cavaleiro.
no dia seguinte de manhã [terça-feira], a animal enviou um ofício para a dgav a denunciar o caso, alegando várias práticas ilegais, nomeadamente “incentivo a lutas de cães, conhecido como bull-baiting, violência injustificada contra animais, publicidade de prática ilegal”, entre outras contra-ordenações que a dgav possa encontrar através das fotografias.
para rita silva, isto é um “claro exercício de sadismo e dizer que os cães não estão a atacar o touro é atirar areia para os olhos das pessoas”. a presidente da associação defende que, nesta situação, tanto o touro como os cães são “vítimas”, uma vez que estão a ser utilizados “enquanto arma para a diversão das pessoas”.
a animal aguarda agora decisão da dgav mas espera que o cavaleiro seja “pelo menos, obrigado a pagar a coima para perceber que não está acima da lei”. caso joão moura jr. seja considerado culpado, a multa pode ir dos 500 aos 3.740 euros.
ontem, joão moura jr. admitiu ter cometido um erro ao divulgar as fotografias – entretanto já retiradas da sua página –, acrescentando que tem “perfeita consciência da gravidade” da situação: “sei que envergonhei todos aqueles que me acompanham e que o meu comportamento não honrou a minha profissão e o respeito pelos animais que esta exige”.
o cavaleiro conclui o ‘esclarecimento’ referindo que as imagens “não traduzem a minha postura, o meu comportamento e a minha dedicação aos animais, com os quais convivo diariamente” e garante que a situação não se voltará repetir.
