fonte oficial da instituição de washington confirmou ao sol que estes relatórios de balanço são um procedimento obrigatório dentro do fmi em determinados programas e que portugal também terá o seu, logo após o término do programa de assistência em junho de 2014.
estes documentos – intitulados ex-post evaluation – analisam a aplicação do programa, fazem uma avaliação dos pontos positivos e negativos e terminam com um capítulo sobre as lições a tirar para o futuro. é neste último que o fmi elenca o que tem de ser modificado em futuras intervenções e onde faz um mea culpa dos seus eventuais erros.
no caso da grécia, o fmi admitiu ter subestimado os impactos da austeridade na economia grega e os efeitos de contágio para o resto da zona euro e arrependeu-se de não ter avançado para uma reestruturação mais cedo da dívida helénica. a instituição liderada por christine lagarde criticou ainda a falta de coordenação e de divisão de tarefas dentro da troika apontando o dedo à lentidão das decisões da comissão europeia durante a crise. bruxelas negou as acusações e durão barroso disse ontem ser possível no futuro uma troika sem o fmi.
cavaco pressiona bruxelas
essa tese, de que o fmi deve sair dos programas de ajuda na zona euro, foi lançada também pelo presidente cavaco silva, em dois dias de deslocação a estrasburgo e bruxelas.
ontem, ao lado de barroso, cavaco disse ter obtido garantias de que a comissão já desbloqueou com o bei uma linha de crédito às pme portuguesas. antes, no parlamento europeu, pediu à ue que permita a portugal uma excepção à directiva que não permite apoios do estado ao sector exportador.
luis.goncalves@sol.pt