de resto, está previsto que nos próximos dias a mac esteja «esvaziada» e que se inicie uma nova reorganização da rede materno-infantil, definindo os serviços para as grávidas, tendo em conta as zonas que cada hospital e centro de saúde deve atender. a administração regional de saúde (ars) de lisboa e vale do tejo enviou já um documento às unidades de saúde e, segundo o sol apurou, o santa maria passará a receber alguns dos partos que até agora eram feitos na mac.
uma das razões que terão levado a tutela a aceitar esta a mudança é o facto de se tratar de um hospital universitário, estando a fazer somente 1.800 partos por ano (apenas mais 500 do mínimo exigido pela organização mundial de saúde).
a transferência de serviços está a ser feita enquanto ainda decorre, no tribunal administrativo de lisboa, a providência cautelar interposta por cidadãos que contestam o fecho da maternidade – correndo-se o risco de, quando houver sentença, a mac já ter as portas fechadas.
na quinta-feira os profissionais da mac realizaram um plenário para debater a situação. «há uma enorme instabilidade porque não há decisão do tribunal e mesmo assim querem esvaziar a maternidade», disse ao sol fonte da federação nacional dos médicos, acrescentando: «acredito que os médicos irão a recusar-se a sair».