“nao me lembro se estive na apresentação. participava em centenas de reuniões. inúmeras vezes era pedida a minha colaboração para reuniões em cima da hora”, afirmou o actual secretário de estado do tesouro, que está sob fogo da oposição por causa do seu papel em 2005. pcp e be já pediram a sua demissão.
pais jorge repetiu várias vezes que era responsável pela relação com os clientes no citigroup mas que não teve “responsabilidades relativamente à concepção, elaboração e negociação de produtos derivados”. “nunca foram da minha competência”, insistiu.
o secretário de estado, porém, negou ter apresentado ao então governo de josé sócrates propostas de swaps, mas reconhece ter tido vários contactos com o cliente igcp, o organismo do estado que gere a dívida pública. “participava em muitas reuniões e exercia o papel de importador de ideias e planos dos meus colegas que desenvolviam produtos, derivados ou não”, explicou, durante um briefing com jornalistas em que invocou falhas de memória e não respondeu a todas as perguntas.
pais jorge já falou com a ministra das finanças, maria luis albuquerque, sobre esta polémica, desencadeada por uma notícia da visão desta semana sobre o passado do secretário de estado. segundo o próprio explicou aos jornalistas, esta deu-lhe o seu “apoio”.