Os pobres que paguem a crise dos ricos

O título parece ser a palavra de ordem do actual Governo.

se não, vejamos: como lembrava viriato soromenho marques num dos seus últimos comentários jornalísticos, nada aumentou e prolongou tanto a dívida pública portuguesa como os swaps (que tanto beneficiaram a banca especulativa) ou as ppps (engordando as fortunas nacionais, afinal tão dependentes do estado como os colégios particulares que apelam ao cheque-ensino) – e eu acrescentaria a isso as trapalhices feitas com o bpn e o bpp, pagas pelos contribuintes.

mas os cortes que o governo faz não são aos grandes bancos nem às maiores fortunas nacionais (que até parece continuarem a crescer na crise); são aos reformados e desfavorecidos em geral. aí está uma opção politica clara. resta-nos perguntar se haveria governo em portugal a seguir outro caminho, sacudindo para isso directrizes internacionais de que temos dependido. é pena não ouvirmos antónio josé seguro falar sobre o assunto.