são 13 ao todo, desde os da caixa geral de depósitos, pt, ctt, ana e nav, mas também os fundos dos antigos trabalhadores da região administrativa de macau ou do indep. de acordo com o último relatório e contas da cga, representam cerca de 600 milhões de euros anuais. questionado no início da semana pelo sol, o ministério das finanças remeteu-se ao silêncio.
josé abraão, dirigente da frente sindical da administração pública (fesap), explicou ao sol que, nas rondas com os sindicatos, o secretário de estado da administração pública garantiu que só seriam abrangidas pelos cortes da convergência «as pensões atribuídas pela cga a todos os trabalhadores que descontaram ao longo dos anos para a cga». ou seja, não abrangem os pensionistas dos fundos, que foram só recentemente transferidos para a cga num exercício contabilístico dos sucessivos governos para, no imediato, reforçar as receitas do estado.
entre os deputados da maioria, o tema é sensível, pois dividem-se entre os que acham que, para ganhar mais legitimidade política, o governo não deve admitir quaisquer excepções e os que ficam presos ao argumento de que estes fundos foram herdados recentemente.
o fundo da cgd, por exemplo, paga em parte ou na totalidade as reformas dos actuais presidentes do santander totta, montepio geral e bic portugal – que já exerceram funções no banco do estado.
helena.pereira@sol.pt