Os chefes de cozinha caros num virote

Leonel Pereira, o novo chefe do estrelado (pelo Michelin) restaurante São Gabriel, de Almancil, pôs o dedo em duas feridas do sector actualmente.

primeiro, em portugal, talvez pela pouca formação, e geralmente apenas técnica, a maioria dos que aqui trabalham neste ramo gostam de ser chefes, mas não cozinheiros.

por outro lado, alguns, muito puristas e ciosos da sua profissão, trabalhando para terceiros e não arriscando como empresários, não fazem contas, e dificultam ou impossibilitam a sobrevivência económica dos seus restaurantes.

daí que conste que o sector vai entrar em despedimentos sucessivos, num autêntico virote: o estrelado josé cordeiro já deixou o altis de belém, para abrir a sua nova casa, no terreiro do paço; diogo noronha andrade largou o pedro e o lobo, restaurante que ajudou a fundar, e que chegou a usufruir de uma certa moda antes da crise, passando a novo projecto: berroyer marchou do tavares (para onde vem henrique mouro, que deve ter passado o seu assinatura); antónio amorim, escola cordeiro e militar, deixa a rota das sedas; gemelli teve de fechar há muito, dedicando-se agora a dar aulas. e etc., etc., etc.