a desculpa seria o aumento do turismo, embora nenhuma daquelas capitais tivesse detectado esse aumento.
mas paulo portas, sempre voluntarista, e num governo indiferente ao esmagamento dos contribuintes (embora ele próprio pretenda às vezes afirmar-se como uma excepção a essa indiferença), numa viagem a nova iorque ainda como mne, quis contactar o cineasta para tratar do assunto e aplanar caminho. allen, no entanto, não o recebeu pessoalmente, mandando-lhe apenas um funcionário da sua produtora.
woody allen já disse que viria filmar a lisboa, que conhece, e de que gosta da luz, se lhe pagassem o filme, que ele por alto orça num 25 milhões de dólares. mas como ouviu falar na crise portuguesa não acha isso possível.
uns mais optimistas falam na possibilidade de fazer o filme por 10 milhões de euros, e insistem,. e até menezes, atirando a cereja para cima do bolo de toda a demagogia da sua campanha eleitoral (é extraordinário ele e outros candidatos do psd justificarem as suas derrotas por não terem conseguido fazer passar as suas boas mensagens – quando o seu problema foi precisamente as suas más mensagens terem passado demasiado), terminou também afirmando que iria fazer um filme sobre o porto com woody allen.
de toda esta gente, o único sensato é o cineasta. está aberto a vir cá filmar, quem lhe dera financiadores para mais filmes seus – mas não acredita que um país em crise grave lhe possa pagar.
e o prémio da insensatez vai, ex aequo, para portas e menezes.