com a fundação do reino da lusitânia assistiu-se a alguma recuperação, mas a vinha viria a ser apanhada, mais tarde, noutra enorme crise. estamos a falar dos efeitos da guerra da independência e das leis proteccionistas do marquês de pombal aos vinhos do douro em detrimento das outras regiões. mais uma vez os vinhos alentejanos tinham sido esquecidos e a situação foi-se agravando.
o ataque da praga da filoxera que dizimou as vinhas e a campanha cerealífera do estado novo, que colou ao alentejo a etiqueta de ‘celeiro de portugal’ enterrando ainda mais a vinha, levou ao desaparecimento do investimento empresarial, remetendo-a apenas ao nível doméstico. era a terceira grave crise.
foi o movimento associativo quem veio a salvar a cultura da vinha e, hoje, o alentejo já conta com 260 produtores numa área total de vinha de 21.970 ha, tendo-se registado um crescimento de 4,12% em 2010. o vinho do alentejo cresceu e ganhou fama e esta é já hoje a região líder no mercado nacional em termos de vinho engarrafado, tanto ao nível da quota de mercado em volume como em valor.
entretanto, também a exportação foi crescendo. em 2011, a saída dos vinhos alentejanos para fora do espaço da união europeia representou 15% da produção média dos últimos três anos, com angola, brasil e eua a posicionarem-se como principais mercados. no total, as exportações registaram um acréscimo de volume de 31,75%, isto tendo em conta os números de 2011.
é todo este cenário de progresso que o evento vinhos do alentejo, organizado pelo 5º ano consecutivo pela comissão vitivinícola regional alentejana e produzido pela essência do vinho, nos vem mostrar, hoje e amanhã, ao centro cultural de belém, em lisboa, colocando-nos em contacto com os produtores e com os grandes vinhos que eles fazem. basta prová-los.