“o único dado negativo será o número de dormidas dos portugueses”, que nos primeiros oito meses do ano recuou 1,6%, segundo o ine. “mas a compensação foi garantida através dos estrangeiros”, que subiram 8%.
apesar de o verão já ter terminado, o cenário continua a ser positivo. “setembro foi melhor do que em 2012 e em outubro, em que a segunda quinzena seria já de quebra, os dados que temos mostram uma atenuação dessa descida”, refere.
quanto ao inverno, em particular no algarve, deverão fechar tantos empreendimentos turísticos como na época baixa passada: cerca de 300, de um total de 700 (entre hotéis, pousadas e aldeamentos).
isto apesar de vigorar um plano de combate à sazonalidade. “os hoteleiros vão estar na expectativa e vão ver o que vai dar, também porque o governo se empenhou no combate à sazonalidade, reforçando a ligação com as companhias aéreas, o que achamos fundamental”, justifica o presidente da ahp, antecipando que só em 2016 a principal região turística do país conseguirá recuperar os dois milhões de dormidas de turistas que perdeu nos últimos anos.
na véspera do arranque do congresso do sector, que decorrerá entre domingo e terça-feira em albufeira, luís veiga defende que num país em que 60% dos hotéis funcionam sem estarem integrados numa cadeia, os hoteleiros deviam fazer parcerias. assim, argumenta, teriam mais força comercial e capacidade para se internacionalizarem e, sobretudo, para reduzirem a dependência dos grandes operadores turísticos e de portais online como o booking. “é preciso criar escala entre privados e é preciso trabalhar em rede entre privados e públicos. e já temos resultados muito satisfatórios desse processo”, realça.