a história conta-nos que para chegar ao primeiro barca velha, em 1952, fernando teve de lutar contra inúmeros obstáculos que impediam a feitura do vinho dos seus sonhos. a necessidade de baixar a temperatura de vinificação (o que era inovador na altura) foi uma das suas maiores batalhas, só vencida com o recurso a enormes blocos de gelo, transportados em camião durante a noite desde uma fábrica de conservas, em matosinhos, e que tinham de vencer sinuosas curvas e montanhas até chegarem a terras do douro. conseguido o seu objectivo, fernando deu ao mundo um dos melhores vinhos que hoje se podem beber.
quanto a joão nicolau de almeida, também ele partiu em busca do seu sonho. corria o ano de 1993 quando identificou, em vila nova de foz côa, os terrenos do monte xisto como um local de eleição para a produção de vinhos. era, literalmente, um pequeno monte de xisto, mas pouco a pouco começou a comprar mais pequenas parcelas, que pertenciam a uma infinidade de proprietários, até conseguir chegar aos actuais 40 hectares, dez dos quais plantados com vinha em 2005.
fiel seguidor da cultura biológica, junta a este método um processo de vinificação que decorre em lagares de granito com pisa a pé.
este monte xisto de 2011 que apresentamos estagiou 18 meses em pipas de carvalho francês e austríaco, e apresenta um aroma floral a rosas e violetas, com notas de frutas como a cereja e a ameixa. tem corpo, estrutura, frescura e elegância, e apresenta um longo final de boca.
dele se fizeram 3.500 garrafas e pode ser bebido de imediato ou guardado por muito tempo. é um vinho de família, um vinho a não perder! l
jmoroso@netcabo.pt