O jornalismo e as ‘revoltas contra a sociedade’

O nosso pequeno assassino em série, que tentou matar e esfaquear colegas e funcionários de uma escola em Massamá, está a ser tratado pela imprensa portuguesa com a condescendência que nos torna fracos, e vítimas sujeitos aos agressores mais protegidos do universo. Basta ver os títulos suaves sobre o assunto, salientando que o rapaz, talvez…

até acredito que todos os assassinos tenham algum motivo que os leve a sê-los. dou de barato que tenham vivido em maus ambientes, socialmente desenquadrados, cheios de exemplos horríveis em redor. mas isso, se pode torná-los mais facilmente compreensíveis, não os desculpa.

porque a maioria dos revoltados contra a sociedade, limitam-se a mastigar essa revolta, sem se porem a assassinar os inocentes com quem se cruzam. se a algum lhe dá para a violência e o assassínio, por muitos antecedentes que nos levem a compreendê-lo, só pode estar bem preso, e longe de potenciais vítimas. seja ele menor ou maior. não é por se tratar de um menor que a sociedade, mesmo a mais inocente, se deve pôr a jeito das facas ou das pistolas desses energúmenos tão revoltados. e o jornalismo de referencia devia aprender isso de vez.