iniciada às oito horas na estátua de eduardo mondlane, e que desembocou na praça da independência, a corrente humana composta pela sociedade civil, religiosos, académicos, políticos lançou o seu grito de socorro ao governo que acusam de estar mudo (como mostravam dezenas de cartazes), perante a situação sócio/política e a onda de raptos que assola o país. uma das exigências do povo é a exoneração do comandante geral da polícia moçambicana, jorge khalau.
«queremos mostrar que não queremos guerra. queremos mostrar que nós, o povo, podemos pôr um governo no poder, e podemos tirá-lo”, disse alice mabota, presidente da liga dos direitos humanos, instituição que organizou a marcha.
em reacção à exigência da sociedade civil, o chefe do estado moçambicano, armando guebuza disse em manica – onde se encontra a dirigir mais uma presidência aberta e inclusiva – que não via razão para exonerar o comandante geral da polícia. «continuo a manter confiança no jorge khálau. que me mostrem motivos para demitir o comandante geral da polícia», afirmou em conferência de imprensa.
na beira, onde, na semana passada, um rapaz de 13 anos foi morto após ter sido raptado, também se fez uma marcha pacífica que juntou perto de um milhar de pessoas.