“estão em cursos pesquisas para a compra de quatro aviões de médio curso. agora começam a estudar-se as hipóteses sobre onde serão aplicados e aí poderá haver novas experiências em áfrica e na europa”, antecipou o porta-voz da transportadora aérea, antónio monteiro, depois do voo inaugural para a boa vista, em cabo verde, esta semana.
o reforço da posição em áfrica tem sido uma das estratégias da companhia. além da ligação para a ilha cabo-verdiana, estreou esta semana também uma rota para tânger, em marrocos. “é a continuação de uma grande aposta que temos vindo a fazer no continente africano”, justificou o porta-voz.
até setembro, a tap transportou cerca de 543 mil passageirosde e para os dez países africanos onde opera, mais 10% do que em igual período de 2012. no total, áfrica pesa 6,6% na actividade da companhia. nos últimos dez anos a tap mais do que triplicou a operação para o continente africano, passando de 22 voos semanais em 2003 para os actuais 63. este número vai aumentar para 71, no próximo verão.
à procura de oportunidades
em termos de tráfego, angola lidera e tem mantido uma tendência de estabilização, com a tap a assegurar sete frequências semanais para luanda. já moçambique, com três frequências por semana para maputo, tem seguido a rota do crescimento.
em cabo verde, além da nova rota para a boa vista , a tap voa para o sal, praia e são vicente. a companhia passará a disponibilizar 15 frequências semanais e pretende chegar aos 150 mil passageiros no final deste ano.
“em áfrica, a tap foi sempre a companhia que ligou os países de língua oficial portuguesa, sendo a única companhia com ligações a cabo verde, guiné-bissau, são tomé, angola e moçambique”, afirmou antónio monteiro ao sol.
de acordo com o porta-voz, a companha está “permanentemente” à procura de novas oportunidades no continente africano, aproveitando a “experiência, know-how e facilidade de comunicação”.
quanto aos outros dois novos aviões, de longo curso, começam a voar em junho e julho de 2014, servindo as rotas de belém e manaus, recentemente anunciadas. mas também poderão surgir “outras hipóteses na américa do sul”, avançou.
“os crescimentos deste ano foram desenvolvidos com muita imaginação. é público que há vários anos não tem sido possível à tap aumentar a sua frota e é preciso uma ginástica muito grande para conseguir ampliar a rede. atingimos o limite”, frisou antónio monteiro.
ainda sem data à vista para retomar a privatização, a tap deverá bater novo recorde de passageiros este ano, prevendo transportar 10,9 milhões de passageiros, mais 700 mil do que em 2012.
