pense na logística para organizar um simples fim-de-semana em família. agora imagine que em vez de meia dúzia de pessoas são mil. mil pessoas que vêm do estrangeiro, em horários diferentes, que muitas vezes trazem mulher e filhos e que são funcionários de topo de grandes empresas internacionais como a microsof, a dell, a skoda ou a mtv.
para diogo assis, ceo da tlc, nada disto apresenta constrangimentos. até porque não faz outra coisa a não ser organizar eventos para milhares de pessoas há 10 anos, convencendo os parceiros internacionais que não há melhor local para fazerem os seus encontros do que portugal.
tudo começou depois de ter abandonado o curso de medicina – para desgosto do pai “que era estomatologista” – e de se ter dedicado à gestão turística e hoteleira. depois de uma passagem pelo estrangeiro começou a ficar cansado de ouvir demasiadas vezes que “lisboa e o país tinham mudado muito com a expo 98 mas que não havia agências com criatividade que posicionassem o país com um destino premium mo mercado de eventos corporativos”, conta. diogo viu nessa fragilidade uma oportunidade. “a tlc surge nesse contexto com o objectivo primário de ser o melhor embaixador do país nos mercados internacionais, de promover uma imagem positiva de portugal nos mercados mais fortes a nível europeu e americano, actuando na captação de grandes eventos . é que nós somos a grande porta de entrada para a europa!”.
se assim pensou, melhor fez. sempre em conjugação com as linhas de força do turismo de portugal, a tlc planeia, traz e promove o destino em termos de organização de eventos corporativos, reuniões tecnológicas ou congressos internacionais, só para mencionar alguns exemplos. “hoje portugal está no número sete em termos mundiais no que diz respeito a eventos corporativos. apostamos em acontecimentos inesquecíveis recorrendo ao wow factor”.
dos que mais marcaram a vida da empresa, conta-se os mtv music award em lisboa (2005) ou a microsoft government leader (2006), que trouxe ao nosso país 600 empresários – entre eles bill gates – e chefes de estado, naquela que foi “até àquela data, a maior operação de protocolo no aeroporto de lisboa”. quanto à falada crise, sentiu-a com o vulcão nas islândia: “tínhamos um congresso com 1.200 pessoas e só conseguiram chegar 600 e das outras 600, 400 não conseguiam arranjar voo. montámos um gabinete de crise e em 24 horas tínhamos solução para toda a gente viajar”, relembra. já organizaram uma regata para 350 pessoas filmada de helicóptero, um lançamento de um carro para oito mil ou uma festa para quatro mil… “não há uma pessoa que não diga ‘uau’!”, garante.
com os clientes veio o reconhecimento e os prémios. os últimos foram os mit awards “os mais antigos da indústria que nos reconheceu como a melhor empresa de eventos internacionais pelo terceiro ano consecutivo. temos sido também reconhecidos com o prémio iapmei [instituto de apoio às pequenas e médias empresas e à inovação], na categoria de pme líder e, no ano passado, de pme excelência”. hoje têm escritórios em inglaterra, alemanha, rússia, estados unidos, brasil e bélgica, e são responsáveis por trazer entre 8 a 15 mil pessoas a portugal por ano nos eventos que organizam. para 2014 já têm planos: “vamos ter uma presença forte na liga dos campeões”, cuja final vai ser em lisboa a 24 de maio.
