poiares maduro era uma de várias personalidades que ia ler um texto do cineasta, no evento “leitores improváveis — 10 anos depois de joão césar monteiro”, no âmbito do lisbon & estoril film festival.
hoje, uma série de pessoas ligadas à cultura e que conviveram com césar monteiro, entre as quais, manoel de oliveira, herberto helder, josé mário branco, pedro tamen ou maria velho da costa, escreveram no público uma carta-aberta contra a leitura de textos do realizador por políticos. na carta, criticam a “desfaçatez” e lamentam o “abuso puro e duro” que é “branquear, neutralizar, festivalar o furor interventivo, manifestamente anti-sistema, do cineasta, assim posto à mercê de tais canibais homenageantes”.
contactado pelo sol, o gabinete do ministro-adjunto esclarece que poiares maduro já fez saber à organização, ou seja, a paulo branco, que não deseja participar na cerimónia. «poiares maduro é amigo pessoal de paulo branco e foi convidado a título pessoal e não como ministro. mas deixou claro, desde a primeira hora, que só aceitava o convite se isso não causasse qualquer constrangimento», justifica a assessoria de poiares maduro.