mais de uma centena de idosos que vivem sozinhos no centro da capital estão a receber visitas semanais de voluntários e a entrega de compras e remédios em casa. o projecto poderá ser agora replicado noutras cidades.
para diminuir a solidão e aumentar a qualidade de vida de quem vive sozinho e não tem possibilidade de sair de casa, o projecto mais proximidade, mais vida tem apostado em voluntários e parcerias com particulares e empresas. «não recebemos um tostão do estado. apostamos em parcerias para resolver os principais problemas desta população», explica maria de lourdes pereira miguel, fundadora do projecto. lembra, por exemplo, que o grupo jerónimo martins faz gratuitamente entregas de compras ao domicílio e que a fundação pt tem operadores que fazem telefonemas semanais aos idosos, só para conversarem e sentirem-se menos sozinhos.
outros apoios conseguidos neste regime de mecenato permitiram construir uma equipa que fez um levantamento das necessidades desta população – a maioria mulheres, entre os 76 e os 85 anos, com problemas de saúde e a viver em andares elevados de prédios sem elevador – e lhes presta apoio. «o segredo é ter uma equipa pequena, com uma assistente social, uma gerontologista e uma psicóloga, que respondem às necessidades concretas de cada um dos idosos apoiados», adianta.
o projecto, que começou na freguesia de s. nicolau através do centro paroquial, vai ser alargado a mais freguesias do centro da capital com população envelhecida e doente. a equipa estuda também formas de replicar o modelo nos centros históricos de outras cidades.