terminamos este ano um plano de investimento a cinco anos, de 29 milhões. e já aprovámos o plano para os próximos três. serão 20,6 milhões de euros para renovar campos de golfe e abrir restaurantes, para ter mais e melhores produtos”, detalhou, à margem da cimeira de turismo português, na semana passada, em vilamoura.
o responsável adiantou ainda que há planos para expandir o resort. mas queixa-se de que não há desenvolvimentos porque as aprovações tardam. “temos trabalhado em algo grande e é desapontante a forma vagarosa como avança. estamos nisto há cinco anos”, lamenta, explicando que o objectivo é ampliar o empreendimento, com mais oferta imobiliária, de golfe e de lazer. a estratégia já está traçada, mas faltam respostas das autoridades.
“não somos propriamente investidores que acabaram de chegar. estamos cá há muitos anos e sempre apostámos na qualidade. contribuímos para o emprego e com impostos. o nosso accionista tem um negócio de 5,5 mil milhões de dólares nas telecoms”, frisa, considerando que, além da burocracia, “estes assuntos não são levados suficientemente a sério”.
numa entrevista ao algarve resident em fevereiro, o multimilionário irlandês denis o’brien, proprietário da quinta do lago, já tinha levantado o véu sobre os planos para o empreendimento que comprou em 1998 – e que ainda é emblemático do turismo residencial e de golfe no algarve.
o projecto, em fase de aprovação, prevê um investimento superior a 400 milhões de euros, gerando 330 empregos directos. ainda que mantendo o foco de investimento a longo prazo no algarve, o’brien – que é dono da empresa de comunicações móveis digicel e de negócios na aviação e nos media – advertiu contudo que, “ultimamente, a falta de tomada de decisão sobre grandes projectos está a sufocar o investimento e a criação de emprego”.
receitas sobem
ao jornal regional, o dono do empreendimento lembrou que, se houver atrasos injustificáveis, os investidores acabarão por canalizar o capital para outros projectos.
“é preciso que tudo aconteça mais rápido” afirma também dwyer ao sol, assumindo ter esperança que nos próximos três anos a expansão acabe por arrancar. até porque os responsáveis do empreendimento acreditam que há mercado.
“o ano 2013 foi extremamente bom. as receitas operacionais subiram 18%”, contabiliza o director. há cada vez mais visitantes holandeses e alemães. e, com o desaire em chipre, também os investidores britânicos e irlandeses estão a olhar para activos mais estáveis, como o imobiliário. e portugal está no mapa. “tem o mesmo fuso horário que o reino unido, está a duas horas e meia de voo, tem muitas ligações aéreas, boa comida e boas pessoas”, enumera.
além disso, o director da quinta do lago tem apostado na captação de públicos mais jovens. dwyer explica que quando chegou ao resort algarvio, em 2008, a faixa etária dos clientes era alta, entre 60 e 70 anos. e receou perder as gerações mais novas. “por isso, nos últimos cinco anos tivemos muitas iniciativas comerciais específicas para trazê-las, com actividades de verão, páscoa, halloween, para que os filhos e os netos queiram vir à quinta do lago. é muito importante trabalharmos com os mais novos. caso contrário, teremos um grande gap dentro de cinco anos”.