‘Esperar pelo Estado não é opção’

“Não há negócios com futuro se não estivermos dispostos a correr riscos, não basta sermos gestores ou vendedores. Temos de ser empresários. Esperar pelo Estado não é opção”, defendeu o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), na sessão de encerramento do congresso que reuniu 500 participantes na Terceira, Açores.

na mesma ocasião, pedro costa ferreira defendeu que os açores devem apostar em “produtos de nicho orientados para o turismo experiencial relacionado com a natureza” porque “os açores reúnem vantagens competitivas óbvias e temos de as explorar”.

na opinião do presidente da apavt, não se deve defender um turismo de massas para o arquipélago, mas sim, apostar na captação de turistas que repitam a visita.

“a captação de repetidores neste tipo de turismo parece ser o que separa os açores de uma consolidação de fluxos turísticos que há muito ambicionamos e porque há muito lutamos”, sugeriu.

“não temos de temer o futuro. os números recentes do nosso turismo são consistentes”, lembrou ainda costa ferreira, mensagem também deixada pelo presidente da confederação do turismo português, francisco calheiros.

“tivemos um bom ano turístico. tivemos mais dormidas, mais receitas e mais turistas”, apontou francisco calheiros.

na sua opinião, é “injusto” dizer que foram as primaveras árabes que ajudaram o turismo nacional porque os turistas que virem para portugal “não vieram obrigados” e podiam ter isso para outros sítios, defendendo que isso deve-se sobretudo aos empresários nacionais.

* nos açores a convite da apavt

ana.serafim@sol.pt