numa apresentação a investidores na semana passada, a empresa mostrou-se focada no reforço da quota de mercado. o grupo avançou que até 2016 pretende “desenvolver um projecto no sector agro-alimentar” para apoiar o seu negócio principal – o retalho alimentar – e proteger as suas fontes de abastecimento em produtos frescos.
questionada pelo sol, a companhia adiantou que “está já em curso um estudo sobre essa matéria. no entanto, é ainda cedo para disponibilizar mais informação”. ainda assim, a vontade de entrar na agricultura tem sido admitida pela cúpula da companhia.
na polónia, a aposta vai para uma “abordagem dupla”. nas áreas rurais, o franchising, que já está a ser aplicado em 30 espaços no território polaco, será um modelo a explorar. “além das 800 novas lojas standard que a biedronka abrirá entre 2014 e 2016, a companhia desenvolverá também contratos de agência com terceiras partes para operarem lojas biedronka nas pequenas vilas da polónia, com uma média de 2.000 habitantes. temos já cerca de três dezenas de lojas nesta modalidade”, detalha fonte oficial ao sol.
nas zonas urbanas, o desenvolvimento da cadeia de supermercados polaca passará por ter pontos de venda menores. “a biedronka está preparada para flexibilizar o seu formato standard de forma a abrir lojas significativamente mais pequenas no centro das cidades onde o espaço disponível para construir é inexistente”, continua.
detectado o “potencial para crescer, principalmente no segmento de proximidade”, a operação na polónia merecerá entre 60% e 70% dos 2,2 mil milhões de investimento que a jm planeia fazer nos próximos três anos.
além dos supermercados biedronka, o grupo liderado por pedro soares dos santos quer expandir a hebe, insígnia dedicada à saúde e beleza lançada em maio de 2011, que chegará ao final de 2013 com cerca de 100 lojas e uma facturação prevista de 60 milhões de euros. plano para 2016: ter pelo menos 200 lojas.
nesta geografia – onde tinha 2.245 lojas em setembro e espera chegar às 3.000 em 2015 – o objectivo é alcançar vendas de 12 mil milhões de euros em 2016. em 2012, a biedronka representou 62% das vendas consolidadas do grupo, contribuindo com 6,7 mil milhões de euros.
colômbia acelerada
também no próximo triénio a jerónimo martins pretende inaugurar mais 30 espaços pingo doce – ao ritmo de dez por ano –, fortalecer o posicionamento do preço suportado no corte de custos e conseguir um crescimento das vendas totais do grupo entre 12% e 15%.
a jerónimo martins faz ainda um balanço positivo da operação na colômbia, onde estreou as lojas ara em março. antecipando uma “expansão acelerada”, a rede instalada na região do eixo cafeteiro conta agora com 34 pontos de venda. e deverá chegar ao final do ano com vendas de 20 milhões de euros. até 2016, o objectivo é ter “no mínimo” 200 lojas e operar em “pelo menos” três regiões no país.