“as taxas aeroportuárias em lisboa subiram significativamente nos últimos tempos. os aeroportos portugueses são um exemplo de como a privatização [da ana] está a beneficiar o operador [a vinci] à custa das companhias aéreas”, criticou tony tyler, em declarações à imprensa portuguesa em genebra, suíça.
em dezembro, a ana avançou com uma subida de 4,4% nas taxas cobradas às companhias que operam no aeroporto de lisboa, que se soma a um outro aumento em junho, de 4,37%.
na opinião de tyler – que chegou a defender que a concessão da ana fosse debatida com as companhias aéreas antes de ser concretizada – esta estratégia faz subir os custos operacionais das transportadoras e pode levá-las a repensar as rotas.
a tap e a easyjet estão entre as companhias que já criticaram o encarecimento das taxas do aeroporto de lisboa, alertando para a perda de competitividade das ligações com a capital portuguesa.
“não nos interessa quem é dono do aeroporto. mas queremos que os aeroportos sigam princípios como os da transparência na cobrança de taxas, que tenham em atenção os custos da operação”, frisa o presidente da iata, sublinhando que a associação já tentou falar com a vinci sobre a questão. “todos estamos empenhados em falar com as entidades que gerem aeroportos, mas elas não estão obrigadas a falar connosco”, lamenta.
num comunicado recente, a ana, detida pelos franceses da vinci, justificou o ajuste nas taxas com um tráfego acima do esperado, que lhe permite rever em alta as receitas – e descê-las se o tráfego diminuir. segundo a empresa, trata-se de um princípio de partilha de risco com as companhias aéreas, aplicado pela primeira vez este ano.
* em genebra, a convite da iata