no meco, joão gouveia, que foi arrastado do areal com os colegas por uma vaga de três metros, só sobreviveu porque terá sido cuspido para o areal por uma segunda onda. os especialistas dizem que as condições do mar e a força das ondas, naquelas circunstâncias, tornam praticamente impossível alguém sair com vida da água. além disso, o peso desta onda é arrasador na sua queda. até agora, só foi recuperado um corpo e prosseguem as buscas dos cinco estudantes desaparecidos.
desde janeiro, cinco outras pessoas perderam a vida, varridos de praias ou arribas, de norte a sul do país. as mortes aconteceram fora da época balnear, não só em praias consideradas mais perigosas, como a nazaré (dois turistas franceses que passeavam na praia) e peniche (um turista belga arrastado da arriba), mas também no estoril (uma mulher arrastada do paredão) e na carrapateira, no algarve (um homem, na apanha de percebes). em 2012, só se registaram duas vítimas, na nazaré.
o isn vai ter em conta estes acidentes nas campanhas de alerta e na formação dos nadadores-salvadores para a próxima época balnear. «mesmo de dia, no inverno, caminhar à beira-mar é um comportamento de risco. deve guardar-se uma distância de vários metros da areia molhada», avisa galhardo leitão.
no próximo ano, o isn vai distribuir pelos areais do país placas a alertar para os perigos, como já fez na última época balnear.