a convicção é de manuel coimbra, director regional da media markt para portugal, em entrevista ao sol. “sempre que há competições internacionais de futebol há um estímulo muito grande ao consumo. e há produtos muito engraçados a chegar que também vão puxar pelo negócio”, afirma.
por agora, salienta que já começa a notar-se uma melhoria. “estamos com o volume de há dez anos, porque o mercado caiu muito. mas desde o verão, semana após semana, temos tido performances em linha com o ano passado. são boas notícias porque dá a sensação que a queda continuada parou”.
no ano passado, as vendas foram influenciadas pelo apagão analógico e pela televisão digital terrestre. este ano, sem esse impacto, são os smartphones, os tablets e os portáteis a ‘dar gás’ a este subsector do retalho.
superar o mercado
“o ano começou com uma perspectiva de descida de vendas de 15% face a 2012, segundo a gfk, mas julgo que o mercado vai acabar em linha com o ano passado. além disso, acredito que possa haver uma surpresa e termos um 2014 muito em linha com o volume de negócios de 2013”, reforça.
de acordo com manuel coimbra, o desempenho da media markt em portugal segue a par do sector. e a insígnia – que integra o grupo alemão media saturn, número um na europa – tem conseguido segurar a quota de mercado. “isso é bastante bom”, tendo em conta que não é líder nem sub-líder a nível nacional, frisa o gestor.
“o nosso desafio é superar o desempenho do mercado e isso vai ser cumprido em 2013. na media markt perspectivamos não cair ou cair menos do que o mercado”, antecipa, sem revelar que quota tem a marca em portugal.
disponível para investir
ao longo deste ano “o negócio tem corrido bem”. mas, devido à conjuntura, “está duro”. por isso, a estratégia da media markt para se afirmar no mercado português, onde está desde 2004, passa pela inovação e pela competitividade dos preços.
em 2012, ano em que as vendas por metro quadrado e por funcionário subiram, facturou cerca de 168 milhões de euros. com nove lojas no país – fechou uma no porto em janeiro do ano passado – a rede emprega 460 pessoas. “com este parque de lojas, pretendemos continuar a superar o desempenho do mercado, ir crescendo e ganhando quota. depois, há um crescimento que pode vir através de novas lojas. estamos numa fase de olhar para propostas e fazer planos de negócio”, adianta.
para já não há nada decidido, mas manuel coimbra assume que “gostava de comemorar o 10.º ano de presença em portugal voltando a ter dez lojas”. “estamos receptivos – e já não o estávamos há uns tempos – a oportunidades que nos sejam colocadas”, frisa.
até aqui, a crise e a reestruturação que levou à integração da media saturn portugal na filial espanhola em 2011 – algumas funções administrativas passaram a ser geridas a nível ibérico, a partir de barcelona, ainda que a vertente operacional se tenha mantido em portugal – estavam a desmotivar o grupo alemão para novos investimentos em território nacional.
e agora, como é que a casa-mãe olha para o país? “dada a evolução que temos tido em quota de mercado, indicadores operacionais e resultados, olha com grande expectativa, no sentido de conseguirmos ficar mais fortes no mercado português”, afiança.