agora, a directora da mac, teresa sustelo, diz que o livro lançado em defesa da maternidade, coordenado pela médica ana campos e pelo advogado ricardo sá fernandes, tem afirmações “mentirosas”, exigindo que os autores corrijam a informação. caso contrário, serão processados por difamação.
“no livro, diz-se que pedi para adiarem uma reunião onde seria constituída a comissão de trabalhadores, o que não é verdade e põe em causa o meu bom nome”, confirmou ao sol, teresa sustelo, explicando que há outras “afirmações incorrectas”.
os autores do livro recusam fazer correcções. “refuto que haja difamação e acho esse acto intimidatório numa altura de negociação”, disse ao sol sá fernandes, garantindo que as reuniões com o ministério da saúde sobre o fecho da mac não vão ser prejudicadas pela nova polémica.
entretanto, a juíza que tem entre mãos o processo do encerramento da unidade pediu ao ministério para esclarecer o tribunal sobre tudo o que foi feito na sequência da sentença que suspendeu o fecho da mac, obrigando o governo a repor a capacidade de resposta de vários serviços. o pedido atrasa a decisão final sobre a providência, pois reinicia a contagem do prazo para a magistrada responder ao recurso interposto pelo executivo.
no meio da polémica, a inspecção-geral das actividades em saúde aguarda que o tribunal envie as autópsias feitas aos cadáveres de cinco bebés e uma mãe, que morreram na mac entre 14 julho e 12 de agosto, para concluir o processo de inquérito em curso.